Os principais objetivos do tratamento da Retocolite Ulcerativa são a melhora clínica dos pacientes, normalização dos exames laboratoriais, controle radiológico e principalmente a remissão endoscópica.
A escolha do tratamento é baseada de acordo com a extensão da doença e idade ao diagnóstico, com o grau de atividade inflamatória à colonoscopia, com a eventual falha terapêutica às medicações previamente utilizadas, presença de efeitos colaterais e coexistência de manifestações extraintestinais.
Dentre as medicações mais utilizadas para induzir remissão estão os derivados do ácido 5-aminossalicílico (5-ASA) – mesalazina e sulfassalazina, os corticosteroides orais ou endovenosos e a terapia biológica. Os biológicos já disponíveis no Brasil são os anti-TNF (infliximabe, adalimumabe, golimumabe), anti-integrina (vedolizumabe) e anti-IL12-23 (ustequinumabe). Inibidor da JAK (tofacitinibe) foi recém aprovado para uso em pacientes graves.
Nos pacientes que apresentam com inflamação restrita ao reto (proctite) o tratamento de escolha é com mesalazina ou sulfassalazina na formulação de supositório ou enema. A combinação da via oral e tópica deve ser reservada aos casos refratários ou em pacientes intolerantes à medicação tópica. Corticosteroide sob forma de enema também pode ser utilizado.
A colite localizada em cólon esquerdo ou pancolônica deve ser tratada com terapia combinada de mesalazina oral e tópica. Casos moderados a graves demandam uso de corticosteroide oral ou endovenoso que deve ser mantido por 2 semanas a 1 mês e, em seguida, descalonado.
Casos de RCUI grave ou fulminante (caracterizados por número superior a 10 evacuações ao dia, sangramento retal, febre, anemia e aumento de proteína C reativa) requerem internação hospitalar, tratamento com corticosteroide endovenoso ou terapia de resgate com anti-TNF.